quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Paixão=Rádio

Uma paixão que vem desde criança. Assim pode ser resumida a minha verdadeira adoração pelo Rádio. Sim, por emissoras AM, nada de música, nada de FM. O vício pelo futebol acabou sendo o "responsável" por este amor. Se aos seis anos de idade me tornei mais um integrante na fiel e alvinegra Nação de Loucos, ao mesmo tempo, me tornei um fã do radinho de pilha. Estas duas paixões me influenciaram a fazer uma escolha importante: optar pela carreira de Jornalista.
Não sou tão velho assim, mas no início da década de 90 ainda não havia tv fechada, pay-per-view, site, twitter...Ou seja, para ouvir dos jogos do Time do Povo e da dupla Uberaba/Nacional tinha que ser pelo rádio. Nada comparado a estes mini-rádios que existem hoje, e sim grandes rádios, literalmente. Para que você,nobre leitor, possa ter uma ideia, era cansativo segurar o rádio bem próximo ao ouvido, pois o aparelho era pesado, muito pesado. Uma verdadeira relíquia, daquelas que são divididas entre pais e filhos, uma riqueza passada de geração para geração.
E como não se apaixonar pela magia do rádio,principalmente nas transmissões esportivas. "Abram-se as cortinas e começa o espetáculo, torcida brasileira", assim começava Fiori Giglioti as transmissões de grandes clássicos, como Corinthians x Time Verde da Zona Oeste ou Todo Poderoso Timão x Equipe vermelha da Vila Sônia. Não tinha como aguardar os gols do Fantástico para saber de que forma o soberano Corinthians havia vencido os seus adversários. Era preciso achar no dial alguma grande rádio de São Paulo para acompanhar/torcer durante 90 minutos. Mas isso não era tão fácil, o som era impecável durante 30 segundos, mas era terrível nos outros 89'30''. Um sofrimento (mas, como corintiano, já nasci calejado). Como era um pouco mais complicado ouvir os jogos pela rádio Bandeirante, não pude ouvir muitos duelos na voz de Fiori.
Por outro lado, ouvi centenas de partidas na voz do inesquecível e fantástico Osmar Santos. Vocês não têm ideia do quanto já me emocionei com as narração do Pai da Matéria. Quantos gols de Neto pude celebrar na voz de Osmar Santos. Além daquele gol histórico do Viola no primeiro jogo da decisão do Campeonato Paulista de 93, quando o atacante imitou um porco na comemoração. Porém, não tive o prazer de acompanhar o Pai da Matéria por muito tempo. Após o trágico acidente com Osmar, que o deixou impossibilitado de narrar, veio Oscar Ulisses, Osvaldo Maciel e José Silvério. Na voz destes monstros, ouvi as primeiras conquistas do Corinthians.
Viciado em futebol, ainda criança, eu adorava escutar jogos, mesmo que o Timão não estivesse em campo. A leveza e a descontração dos cariocas José Carlos Araújo e Luiz Penido me cativavam. Vasco x Flamengo, o Clássico das Multidões, com o Maraca cheio, era uma verdadeira festa nas rádios Globo e Tupi. Os grandes duelos entre Cruzeiro e Atlético também ficaram marcados na minha memória, sempre na voz inconfundível de Willy Gonser. O fanatismo por Inter e Grêmio sempre me chamaram atenção nas transmissões da Rádio Gaúcha. A emoção e paixão pelo Rio Grande do Sul é exposta aos berros e gritos.
O rádio local também tem os seus momentos marcantes. Sim, nobre leitor, tenho o costume de levar o rádio ao estádio Uberabão. Dos seis aos 24 anos de idade, ouvi Moura Miranda, com o seu marcante "Explode coração", que marcou época, cativando jovens, adultos e senhores.
Mas, desde o ano passado, o amor pelo rádio ganhou um novo capítulo. Agora faço parte deste meio, trabalhando diariamente em uma emissora de rádio, na Rádio JM/ 630kHz, na Equipe Pé Quente, ao lado de jovens, amigos, companheiros. Já havia trabalhado em outros veículos de comunicação, mas nada que possa ser comparado com o atual. Por tudo o que vem acontecendo, tem side cada vez mais especial o convívio.
Estamos diariamente tentando fazer algo novo, diferenciado, profissional. Tudo isso com um único intuito: para que o ouvinte possa saber tudo aquilo que ele sempre desejou ouvir.
Trabalhos com amor, pois gostamos demais do que fazemos. Falo isso sem medo de errrar. Basta acompanhar um dia de trabalho e não terá dúvidas, nobre leitor!
Aos poucos, e de uma forma quase assustadora, vamos conquistando o nosso espaço. Somos pacientes, não temos pressa, mas sabemos o que queremos e onde queremos chegar.
Estamos recebendo provas constantes deste avassalador crescimento. No entanto, na última quarta-feira, vivi um momento especial. Na transmissão do duelo entre Uberaba e Santa Helena, jogo válido pela Copa do Brasil, pude relembrar daqueles momentos inesquecíveis na adolescência, que ainda permanecem intactos na minha memória. Época em que o rádio era o meu melhor amigo. A inesquecível e emocionante transmissão do duelo, realizada por Tulio, Paulo, Ticha e Rodrigo, ficará marcada. A emoção sincera do humilde atacante Cadu, que chorou ao ouvir a narração de seu gol,e os recados de vários ouvintes, que ligaram apenas para dividir o mesmo sentimento, tive a certeza de que o trabalho vem sendo bem feito. Prova de que o rádio ainda tem o seu espaço. Basta tentar fazer aquilo que todos os grandes radialistas citados acima fizeram ou ainda fazem: dedicar-se ao trabalho com amor, com dedicação. Deixar a emoção, aquela que vem do fundo do coração, às vezes até ingênua, falar mais alto. Tenho certeza que teremos o ouvinte do nosso lado, pois o rádio é feito de emoção, paixão!

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

A hora de parar

"Nunca mais jogarei no Maracanã". "Lembro daquele jogo em que marquei um gol no último minuto e saí de campo com o título de campeão". "Deixei a Bombonera em silêncio". "Fui ídolo no Barcelona, Real Madrid, Milan e Inter". "Como era bom entrar em campo e ouvir a torcida cantar o meu nome". "Vou sentir saudade daquele friozinho na barriga antes de grandes decisões". "Não terei mais a oportunidade de disputar e conquistar uma Copa do Mundo". Já passou pela sua cabeça, nobre leitor, como é difícil para um jogador de futebol encerrar a carreira e deixar todas as emoções/sensações citadas acima para trás, escondidas na memória? Pois bem, Ronaldo passará os próximos anos de sua vida relembrando os grandes momentos da sua carreira. Contará histórias para amigos, familiares e jornalistas, mas não poderá sentir novamente a emoção de um atuar por determinado time, disputar um Mundial ou conquistar um título.
Nada me deixa mais irritado do que ouvir/assistir jornalistas afirmando categoricamente que fulano ou ciclano deveria parar agora, amanhã, mais tarde, daqui a um mês, no próximo semetre ou no fim do ano. Será que esses mesmos profissionais em sã consciência não imaginam o quanto deve ser angustiante para um jogador que fez história pendurar as chuteiras? Já imaginou como será o dia seguinte a decisão de aposentar-se?
Tenho absoluta certeza que o agora ex-atleta sentirá falta até de dar um simples autógrafo, de ser agarrado por fãs loucas, de ficar concentrado por 24 horas ao lado de outros companheiros. E o pior de tudo, a "vida" do jogador dura 20 anos, em média. Imagina então um ídolo que reside no Brasil, onde um craque logo é esquecido. Alguns chegam a ser barrados nos seus antigos clubes (alguém ainda se lembra a forma com que Zico deixou o Flamengo no ano passado?).
Se Romário queria marcar 1000 gols antes de parar, a opção é dele. Se Ronaldo queria lutar por um título da Libertadores, o problema é dele. Como alguém tem capacidade de mandar o goleiro Marcos se aposentar? Acham mesmo que não é uma escolha única e exclusivamente dos jogadores?
Por isso, faço uma recomendação a estes "especialistas" que gostam de determinar ou estipular quando e como um jogador deve pendurar as chuteiras: preocupem-se com as suas respectivas aposentadorias. Afinal, serão muito mais tristes se comparada a do Fenômeno. Isto porque, Ronaldo podérá descansar em berço esplêndido. Já os jornalistas/comentaristas/especialistas/palpiteiros não podem nem sonhar ou imaginar em descansar.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Coisas que só acontecem no futebol

Já tentei dezenas, centenas, milhares de vezes explicar para quem não curte (né, Therani?) o porquê sou tão apaixonado/viciado por futebol. Modalidade esportiva que adoro assistir. Praticá-la, porém, não tenho tanto apreço. Costumo dizer que parei no auge - aos 16 anos de idade(calma,é brincadeira!).
Poucos, ou melhor, pouquíssimos esportes são tão espetaculares/dinâmicos como o futebol. Se o ser humando tem a capacidade de mudar/destruir a vida através de uma simples ação/escolha, o futebol também é capaz de criar sentimos diferentes em uma mesma partida ou em diferentes duelos, disputados em dois, três dias de diferença. Cito um exemplo claro de como isto acontece rotineiramente. No domingo, dia 6, o Uberaba Sport Club entrava em campo para enfrentar o América, de Teófilo Otoni. Oito dias antes, o Colorado havia estreado no Campeonato Mineiro com um empate diante do América, fora de casa. Ou seja, vinha confiante para o primeiro jogo em casa. Apoiado pela torcida, o Zebu era apontado por todos como o favorito. Os críticos (nós, jornalistas/palpiteiros) afirmávamos que o time encontraria dificuldades, mas tinha mais (muito mais) chances de obter o resultado positivo do que o adversário. Pois bem, o USC saiu na frente, antes mesmo dos 20 minutos. Daí em diante, sumiu, desapareceu e acabou sendo goleado. Perdeu por 5x3. Evidentemente, a torcida não gostou. Vaias e mais vaias para a equipe. A comissão técnica balançou. Dirigentes queria deixar o cargo. Torcedores já não confiavam mais no time. Na reapresentação, muita conversa. Lavou-se a roupa suja. Mesmo assim, a semana de preparação para o duelo seguinte não foi tão tranquila. O treinador teve problemas para escalar o time. Perdeu peças importantes, como o atacante Marcinho, e teve que improvisar. Para piorar a situação, o adversário era o Guarani, até então, líder do Estadual. Assim, um simples empate em Divinópolis já estaria de bom tamanho. Ou não?
E não é que pude comprovar mais uma vez que o futebol é capaz de nos proporcionar surpresas. O Colorado segurou a pressão, Fernando fez milagres, Rodrigão e Cadu balançaram a rede do adversário, o time mostrou uma disposição e empenho fora do comum, e, por isso, derrotou o Bugre: 2x1. Se antes do duelo, a torcida do Guarani era pura felicidade e confiança. Quem riu por último foi a massa alvirrubra. O ambiente na equipe já é outro. Confiantes, os jogadores prometem mais duas vitórias consecutivas fora de casa. A primeira na quarta-feira diante do Santa Helena, pelo Copa do Brasil. A segunda no domingo, em Poços de Caldas, contra a Caldense. Tomara que isto aconteça. Torcerei demais por dois resultados positivos. No entanto, confesso: não aposto. Deixarei o meu pouco dinheiro intacto. Não tenho nenhuma garantia de que isso irá acontecer. No futebol, o perna de pau se transforma em craque mais rápido que um piscar de olhos. Xingado de burro na primeira etapa, o treinador pode se tornar professor após o jogo. E você, nobre leitor, que não gosta de futebol, não faz ideia do quanto essa modalidade esportiva é apaixonanete. Como é bom saber que o futebol é imprevisível. É a essência do esporte. Por isso, não esconde de ninguém: sou viciado em futebol! Ah, e não quero tratamento!

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

O freguês nunca tem razão!

Olá, nobre leitor. Como todos sabem (basta ler o primeiro post deste blog), sou corintiano, maloqueiro e sofredor...graças a Deus! E, por isso, sempre é bom assistir ao Timão superar os seus "maiores" rivais. São Paulo e Palmeiras são costumeiramente agraciados com esta honraria. No entanto, os clássicos já não são mais os mesmos, não possuem a mesma graça. Derrotá-los já não nos satisfaz. Vencê-los se tornou rotina, fato corriqueiro. Enfim, eles são os nossos fregueses. Como de praxe, sem razão!
Quando algo de anormal acontece, seus torcedores demonstram uma euforia descomunal. Comemoram como se estivessem quebrando um tabu. Festa idêntica a que acontece quando a Seleção Brasileira conquista um título mundial. Ah, pobres coitados!
Sinto saudades do tempo em que o Corinthians era infinitamente inferior aos rivais da Vila Sônia e da zona oeste da Paulicéia Desvairada. Mesmo assim, passávamos por cima deles! Basta lembrar o que Marcelinho Carioca aprontou diante do Palmeiras/Parmalat e o que Neto fez com o time bicampeão da Toyota (aquele torneio em que a montadora japonesa distribuía carros ao melhor time e atleta).
O século XXI tem sido (continuará sendo) do Timão! Até mesmo o Morumbi (a sétima maravilha do mundo para o time da Vila Sônia)se tornou o palco das festas alvinegras! O Porco parece que ainda não voltou da Série B do Brasileiro. O processo de apequenização da equipe verde está cada vez mais adiantado! É mais gostoso derrotar a Portuguesa. A Lusa é a nossa rival, deixando a equipe da zona oeste para trás. Até o Peixe, que não conquistava nada desde que Pelé se aposentou, superou o antigo time da Floresta.
Para que você, nobre leitor, possa ter uma ideia do quanto os "rivais" se apequenizaram, o Todo Poderoso não perde há quatro anos para o "grande" time da Vila Sônia. Olha só, a última vez que houve uma anormalidade nem mesmo o Twitter havia sido criado. HA HA HA!
Para que isso acabe, afinal, tenho dó deles, sugiro um triangular entre Palmeiras, São Paulo e Íbis. O vencedor encara o Corinthians, que entrará em campo perdendo por 2x0, restando dez minutos para o término da partida. O Timão seria comandado por Dunga, e iria a campo com Johnny Herrera; Guinei,Gralak,Baré e Jacenir; Ezequiel, Márcio, Zé Elias e Embu; Lulinha e Clodoaldo.
Atenção, pobres "rivais"! O time acima terá apenas dez minutos para acabar com a desvantagem. Façam suas apostas. A minha: venceremos por 3x2, com três gols do Ezequiel. HA HA HA!

PS: Recado aos torcedores do Porco: lembrarei sempre do mosaico HA HA HA!

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Saudades do “Curinthians”

A tão falada, ouvida e esculachada eliminação precoce do Corinthians na edição 2011 da Libertadores não foi uma grande surpresa. Calma, eu explico o porquê, caro leitor. Assim que o Tolima marcou o segundo gol na Colômbia comecei a fazer uma análise um tanto quanto saudosista. Antes de explicar/contar em que fatos me baseei para realizar tal procedimento vou logo revelar a conclusão: o Corinthians precisa voltar a ser o “Curinthians”. O seu torcedor precisa voltar a cantar com orgulho o famoso cântico da fiel, aquele que resume bem o que é pertencer a nação alvinegra: “sou maloqueiro, corintiano e sofredor...graças a Deus!”
Que me desculpe os renomados Ronaldo e Roberto Carlos - campeões de tudo, ricos e famosos -, mas vocês não possuem aquilo que o torcedor alvinegro mais preza: garra, raça. Que me desculpe Andrés (este sim, um maloqueiro!): R9 e RC não são, nem têm a “cara” do Corinthians. Vendo as estrelas do futebol mundial com o manto sagrado do SCCP sinto falta, cada vez mais, de atletas aguerridos, que nunca foram referência quando o assunto é qualidade técnica, mas que, ao entrar em campo, se entregavam de corpo e alma. A minha geração é farta de exemplos de atletas raçudos. Cito alguns nomes que marcaram e fizeram história com a camisa do Timão: Márcio, Marcelo Djean, Wilson Mano, Henrique, Zé Elias (o Zé da Fiel), Ezequiel, Ronaldo (o goleiro roqueiro), Célio Silva, Marcelinho Paulista, Tupãzinho, Rincón, Neto, Viola, Dinei, entre outros.
Sou corintiano desde 1990, quando tinha seis anos de idade. Exatamente no dia 24 de novembro daquele ano, data em que eu comemorava o meu sexto ano de vida, vi o “Curinthians” conseguir uma das viradas mais espetaculares e marcantes. O Timão perdia para o Galinho (aquele time de BH) por 1x0, no primeiro duelo das quartas-de-final do Brasileirão. Empurrado pela torcida, que superlotava o Pacaembu, Neto estufou as redes em duas oportunidades, fazendo com o que o estádio viesse abaixo. Daí em diante, ninguém segurou o Timão. Mesmo sem grandes estrelas, o copeiro time de Nelsinho Batista conquistou o seu primeiro título brasileiro, deixando para trás o São Paulo, de Telê Santana, que dois anos depois conquistaria o título do Mundial (ops, Mundial não, apenas uma chave da Toyota). Deixando o freguês de lado, o Corinthians foi campeão nacional tendo Neto (gordo, literalmente!) como o principal jogador. Márcio “Paulada” e Wilson “Nada” Mano distribuíam pancadas no meio-campo. Tupãzinho, o legítimo pé de anjo do Timão, aparecia na hora certa. Ezequiel corria por Neto e por todos os fieis torcedores. O limitadíssimo Marcelo Djean parou Raí, Muller, Bobô e Reinaldo.
Mas não foi a conquista do trófeu de campeão brasileiro que marcou a geração de 90. Nada disso. Os atletas foram reconhecidos pela Nação de Loucos pelo empenho e a vontade com que entravam em campo e se entregavam com o manto alvinegro. Nos anos seguintes, vi o Timão conquistar vitórias inesquecíveis, viradas quase inimagináveis. Ouvia Osmar Santos empurrando o time do povo, que passava por cima de adversários mesmo jogando com um (até dois, três) jogador (es) a menos.
Vale destacar: o Corinthians não tinha craques. Tinha apenas atletas/torcedores. Podiam ser derrotados, mas lutavam até o fim. A fiel sempre reconhecia este esforço: faixas e bandeiras dos ídolos pelas arquibancadas do Estádio Paulo Machado de Carvalho.
Vi o Alvinegro jogar de igual para igual com grandes equipes da Parmalat. Ah, se não fosse José Aparecido de Oliveira, o timinho da zona oeste estava em jejum até hoje.
Como esquecer da final da Copa do Brasil de 1995. Eu vi um time inferior tecnicamente derrotar uma seleção formada por jogadores da América do Sul. O Timão, de Ronaldo, Silvinho, André Santos, Célio Silva, Henrique, Viola, etc, derrotar o Grêmio, de Jardel, Adilson Batista, Arce, Jardel,Paulo Nunes e Luiz Felipe Scolari, em pleno estádio Olímpico, calando 60 mil gremistas.
E o final da década de 90: o Morumbi virou o salão de festas do Corinthians. HA HA HA!!!! Tínhamos Edilson e Marcelinho Carioca, que eram diferenciados, mas como esquecer de Índio, Edu, Dinei, Rincón e Vampeta. Estes sim, “curintianos”!
Jogadores que fizeram o Corinthians levantar a taça da primeira edição do Campeonato Mundial de Clubes. Mais uma vez, uma verdadeira invasão de maloqueiros no Maraca.
Vendo Ronaldo e Roberto Carlos diante do Tolima, vou confessar: sinto saudades do Herrera, do Mirandinha, do Rafael “He-man” Moura. O atual elenco sequer pode ser comparado ao que foi rebaixado. Sim, caro leitor, aquele time que caiu para a Série B tinha atletas que amavam o Corinthians. Betão, garoto do Terrão, era um deles. Eram fracos, mas quase se matavam em campo. O que vimos nos últimos dias não pode ser esquecido, fiel torcedor. Roberto Carlos afirmou que estava com medo do Tolima. Meu Deus! Para piorar, não assumiu sua responsabilidade e não jogou na Colômbia. Já Ronaldo reclamou da qualidade do gramado. Era o que faltava. Desculpas e mais desculpas. Até Dentinho, criado no Terrão de Itaquera, não se mostrou preocupado com a eliminação. Apenas a violência por parte de torcedores (alguns, não todos) o assustou.
Fracassos e derrotas inesperadas são comuns no futebol. Os times anteriormente citados também sofreram com resultados negativos, mas nada como o que vimos na semana retrasada. Nada de luta, dedicação, raça, empenho. Nada de “Curinthians”!